O rei Charles III manifestou nesta quinta-feira seu apoio a um projeto de pesquisa sobre o papel da monarquia britânica na escravidão. Algo inédito no Reino Unido, cujo passado colonial levanta críticas crescentes à família real.
O órgão Historic Royal Palaces, que administra alguns dos castelos reais, é parceiro neste projeto de investigação independente, liderado por um historiador da Universidade de Manchester.
Nos últimos anos, aumentaram as críticas no Reino Unido, e também em suas ex-colônias, sobre o passado imperialista, escravista e colonialista do país e sobre o envolvimento da monarquia nesse processo.
No ano passado, uma viagem pelo Caribe do príncipe William e de sua esposa, Kate, transformou-se em um fiasco, e o filho mais velho de Charles III teve de se desculpar pelo passado escravocrata do Reino Unido.
A família real britânica também enfrenta acusações de racismo, que ganharam ressonância com as críticas do príncipe Harry e de sua esposa, Meghan.
Desde que assumiu o trono, porém, Charles III, que será coroado em um mês, tem feito mudanças na forma como a família real aborda publicamente esta parte da história do país.
Em novembro, ele afirmou que o papel do Reino Unido no tráfico de escravos não deve ser escondido.
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